domingo, 24 de fevereiro de 2013

Por que as mulheres preferem o muay thai?



  É bastante comum pessoas acharem que luta é coisa de homem, que mulher não curte. Talvez no passado tenha sido assim. Nos dias de hoje, esta afirmação é falsa. As mulheres cada vez mais se interessam por artes marciais. E elas não se contentam apenas em assistir, querem também praticar.

As academias pelo Brasil têm recebido um contingente cada vez maior de mulheres matriculando-se em aulas de algum tipo de luta. E o que elas mais procuram é o muay thai. A demanda é tanta que várias academias reservam horários semanais exclusivamente para o muay thai feminino, a fim de dar conta da procura.

E qual seria o motivo que faz com que o muay thai seja o favorito delas? Na verdade não há um motivo, mas sim vários, desde o bem estar físico e mental até a filosofia de respeito à arte marcial e seus praticantes. O Discovery Esportes conversou com cinco mulheres que praticam muay thai e perguntou porque elas escolheram esta arte tailandesa em detrimento do boxe, jiu-jítsu, judô ou outra luta qualquer.

Wanda Grandi, repórter e apresentadora do canal Combate, é uma pessoa agitada. Amante de esportes de aventura como escalada e wakeboard, ela procurava uma coisa bem dinâmica. “Queria socar para extravasar, mas queria algo mais movimentado do que isso. De cara escolhi o muay thai por usar também chutes, joelhadas, nem tentei o boxe primeiro”, diz.

O lado técnico não foi o único determinante na escolha. A questão é que, para alguém com a natureza aventureira como Wanda, “apenas” chutar e socar não era suficiente: “As aulas na academia onde eu treinava ainda tinham exercícios com corda – e eu adoro pular corda. Encontrei no muay thai um esporte dinâmico e desestressante ao mesmo tempo”, completa a apresentadora.

Os ótimos resultados produzidos pelo muay thai no corpo fizeram a cabeça da fisioterapeuta Fernanda Aymoré: “Escolhi o muay thai porque trabalha quase todos os músculos do corpo, porque trabalha tanto membros inferiores quanto superiores”.

Além de delinear e definir a musculatura, o muay thai também é uma ótima ferramenta para quem quer trabalhar o lado do condicionamento físico. “A parte aeróbica do muay thai é muito boa, você se condiciona bem e gasta bastantes calorias”, diz Fernanda. Ela podia ter optado por outro tipo de luta como o jiu-jítsu, muito famoso no Brasil, que também exige bastante do condicionamento físico. Ainda assim o muay thai tem vantagens, segundo Fernanda: “Luta de chão não me apetece por conta da estética mesmo. Tem grandes chances de estourar a orelha, o cabelo quebra muito. Eu teria que amar muito pra fazer”.

Mas, tirando toda esta parte física, há outro aspecto que atrai o interesse pela prática do muay thai. No caso de Fernanda(e de diversas outras pessoas), o que realmente a fez optar por esta arte marcial foi o lado da terapia do esporte: “Eu gosto mesmo é de poder socar e chutar depois de um dia estressante. Foi isso que me levou a fazer muay thai”.

A bióloga Luciana Cogliatti começou por acaso no muay thai. “Há um ano, estava saindo de uma aula de ginástica com um gostinho de quero mais, com energia sobrando”, disse. “Vi na sala ao lado uma aula de muay thai com apenas duas alunas. Era uma aula nova na academia, por isso a sala estava vazia. Perguntei se podia fazer a aula… e aí me apaixonei!”

O forte trabalho físico proporcionado pelo muay thai conquistou Luciana. “É uma aula completa: aquecimento aeróbico puxado com corrida, pulando corda, alongamento, uma parte extensa de abdominal e, para terminar, um treino que trabalha bastante braços e pernas, com socos e chutes. Já fiz uma aula de jiu-jítsu e não curti tanto, não gostei desse negócio de agarrar e rolar no chão com uma pessoa desconhecida e suada. No muay thai a gente solta o corpo e desestressa. Saio muito tranquila da aula, com uma sensação de cansaço gostosa”.

Como ela já havia praticado capoeira, a adaptação ao muay thai foi facilitada. “Já tinha alguma noção de golpes de perna. Mas, para quem não consegue ficar plantando bananeira por muito tempo, o muay thai é melhor por dar mais ênfase aos braços”. O lado da segurança ainda é reforçado por Luciana: “Ficamos safas na defesa pessoal”.

Outra motivação que ela viu na prática do muay thai foi a rápida evolução no sistema de graduação. “Já fiz o exame de mudança de graduação e avancei dois níveis, passei do kruang branco para o vermelho! Não sei se isso quer dizer muita coisa, mas fiquei muito feliz”.

A vontade de perder peso levou a jornalista Fernanda Prates às aulas de muay thai. A prática, no entanto, a fez “pegar gosto” pela luta, e, ao começar a curtir muito assistir a lutas de MMA, ela partiu para outras modalidades. Mas nenhuma delas teve o mesmo impacto. “Embora tenha feito pouquíssimas aulas de boxe, fiz mais de um ano de jiu-jítsu três vezes por semana, chegando a pegar a faixa azul. Mas, embora tivesse vontade de evoluir no jiu-jítsu e continuasse treinando, nunca achei que aquilo fosse ‘para mim’”.

Segundo Fernanda, a arte marcial tailandesa se encaixou melhor com sua personalidade e os treinos a tranquilizam. “Enquanto o muay thai me relaxava, o jiu-jítsu me deixava tensa. Jiu-jítsu é um esporte inteligente, cerebral e belíssimo, mas exige um tipo de personalidade muito específico, certa paciência e uma disciplina que eu nunca tive. Já o muay thai, além de um exercício incrível, sempre me ajudou a relaxar”.

Por este motivo, quando a rotina apertou, ela não teve dúvida ao escolher a prática que daria sequência. “Após um dia longo de trabalho, é o muay thai que me ajuda a limpar a minha mente. Em vez de quebrar a cabeça para montar posições – o que vem naturalmente para muita gente, mas não para mim -, eu posso simplesmente me soltar, ignorar minhas preocupações e suar”.

No fim das contas, foi uma questão de compatibilidade. “Embora eu admire muito o jiu-jitsu, não acredito que seja compatível com a minha personalidade; já o muay thai, nos mais de três anos que venho praticando, só me deixa cada vez mais motivada”, completa Fernanda.

O intenso trabalho físico do muay thai também é o foco principal da relações públicas Lilian Caparroz: “Eu considero uma ótima atividade física, me dá resistência e me ajuda a manter o peso. Gosto muito pela agilidade dos golpes, as possibilidades de combinar socos, chutes, joelhadas e cotoveladas, a intensa movimentação e porque trabalha o corpo todo!”

A endorfina despejada na corrente sanguínea após as aulas também motiva Lilian. Segundo ela, “a sensação depois das aulas é das melhores, de dever cumprido. O corpo responde bem, você consegue sentir melhoras no dia a dia também nos reflexos, no equilíbrio, coordenação motora. É recompensador se olhar no espelho e ver que os golpes saem direitinho”.

Outro ponto muito importante, e que é muito comum nas academias de muay thai, é a função do mestre. Ele exige bastante concentração e participação dos alunos – não é porque não somos profissionais que não precisamos ser disciplinadas durante as aulas. Nosso mestre nos leva ao limite a cada aula e conquista nosso respeito e admiração naturalmente”.

Para minha "filha" Lari.

Fonte: uol/esportes

Diferenças entre os tênis de corrida de homens e mulheres

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Homens e mulheres são diferentes em vários aspectos, entre os quais, relativos ao desempenho físico e esportivo, o tamanho da massa e força musculares, da estrutura óssea (na atual abordagem, diferem também em relação aos pés).


As informações apresentadas acima são fundamentais na confecção do tênis de corrida ideal para cada gênero. Percebe-se, ao olhar um tênis de corrida, que a diferença no tamanho e desenho entre eles é visível.

Em 2001, a estrutura dos pés foi objeto de estudo de pesquisadores do Centro de Estudos da Locomoção, da Universidade do Estado da Pensilvânia, Estados Unidos. Demonstraram, através de análise da corrida, diferenças significativas entre os pés de ambos os gêneros, entre eles no arco do pé, no primeiro contato dos dedos, lateral e planta do pé, além do tornozelo e formato geral do pé.

O Departamento de Medicina Esportiva da Universidade de Tuebingen, Alemanha, em 2010, observou que as mulheres possuem calcanhar, antepé e peito do pé mais estreitos comparado aos homens, deixando claro que cada tênis precisa ser projetado de acordo com as necessidades de cada sexo, e não considerando este como miniatura do tênis masculino, que é mais comprido e largo.

Outro estudo alemão, apresentado em 2001 no 5º Simpósio de Biomecânica de Calçados, em Zurique, Suíça, por pesquisadores da Universidade de Essen, destacou a característica homem de possuir maior massa muscular e corporal à geração de maior impacto com o apoio do calcanhar ao correr. Já nas mulheres, o apoio com a planta do pé demonstrou menor impacto gerado. O estudo apontou ainda a maior tendência das mulheres de projeção dos tornozelos para a lateral interna dos pés, o que pode produzir efeitos nocivos aos joelhos, se não escolhido o tênis correto para correr.

Joe Puleo e Dr. Patrick Milroy, em 2010, apontaram que os tênis de corrida deveriam ser projetados para absorver o impacto de 3 a 4 vezes o peso corporal, por passada, considerando fundamental a adoção de tecnologia específica por parte das fabricantes, respeitando as diferenças entre os pés de homens e mulheres.

As pesquisas são importantes no desenvolvimento de modelos personalizados ao sexo dos praticantes de corrida, mas um estudo desenvolvido em 2010, pelo Departamento de Cinesiologia da Universidade do Texas, em El Paso, Estados Unidos, mostrou que a preferência por um tênis ou outro também está ligado ao conforto subjetivo do corredor, na hora da sua compra. 41 participantes caminharam e correram por 20 vezes com três tipos de tênis (com característica de amortecimento, leveza e estabilidade). Dentre os três, cada um escolheu, de acordo com a sua percepção subjetiva de conforto, qual era o melhor para caminhar e correr, isto é, até dois modelos.

Comentando ainda sobre os resultados do estudo acima, a maioria dos participantes elegeu o tênis de amortecimento o preferido para caminhar e correr, seguido do de leveza, e em terceiro o de estabilidade, sendo que 71% do total selecionou o mesmo modelo para ambas as modalidades.

Entre os sexos houve diferença nessa preferência. Mulheres escolheram o de leveza mais adequado, enquanto os homens o de amortecimento. Provavelmente, entende-se o porquê dessas escolhas pelo fato dos homens possuírem maior peso corporal, comparados às mulheres. O estudo concluiu que as escolhas são influenciadas individualmente e pelo sexo.

Fonte: uol/esportes