domingo, 24 de fevereiro de 2013

Por que as mulheres preferem o muay thai?



  É bastante comum pessoas acharem que luta é coisa de homem, que mulher não curte. Talvez no passado tenha sido assim. Nos dias de hoje, esta afirmação é falsa. As mulheres cada vez mais se interessam por artes marciais. E elas não se contentam apenas em assistir, querem também praticar.

As academias pelo Brasil têm recebido um contingente cada vez maior de mulheres matriculando-se em aulas de algum tipo de luta. E o que elas mais procuram é o muay thai. A demanda é tanta que várias academias reservam horários semanais exclusivamente para o muay thai feminino, a fim de dar conta da procura.

E qual seria o motivo que faz com que o muay thai seja o favorito delas? Na verdade não há um motivo, mas sim vários, desde o bem estar físico e mental até a filosofia de respeito à arte marcial e seus praticantes. O Discovery Esportes conversou com cinco mulheres que praticam muay thai e perguntou porque elas escolheram esta arte tailandesa em detrimento do boxe, jiu-jítsu, judô ou outra luta qualquer.

Wanda Grandi, repórter e apresentadora do canal Combate, é uma pessoa agitada. Amante de esportes de aventura como escalada e wakeboard, ela procurava uma coisa bem dinâmica. “Queria socar para extravasar, mas queria algo mais movimentado do que isso. De cara escolhi o muay thai por usar também chutes, joelhadas, nem tentei o boxe primeiro”, diz.

O lado técnico não foi o único determinante na escolha. A questão é que, para alguém com a natureza aventureira como Wanda, “apenas” chutar e socar não era suficiente: “As aulas na academia onde eu treinava ainda tinham exercícios com corda – e eu adoro pular corda. Encontrei no muay thai um esporte dinâmico e desestressante ao mesmo tempo”, completa a apresentadora.

Os ótimos resultados produzidos pelo muay thai no corpo fizeram a cabeça da fisioterapeuta Fernanda Aymoré: “Escolhi o muay thai porque trabalha quase todos os músculos do corpo, porque trabalha tanto membros inferiores quanto superiores”.

Além de delinear e definir a musculatura, o muay thai também é uma ótima ferramenta para quem quer trabalhar o lado do condicionamento físico. “A parte aeróbica do muay thai é muito boa, você se condiciona bem e gasta bastantes calorias”, diz Fernanda. Ela podia ter optado por outro tipo de luta como o jiu-jítsu, muito famoso no Brasil, que também exige bastante do condicionamento físico. Ainda assim o muay thai tem vantagens, segundo Fernanda: “Luta de chão não me apetece por conta da estética mesmo. Tem grandes chances de estourar a orelha, o cabelo quebra muito. Eu teria que amar muito pra fazer”.

Mas, tirando toda esta parte física, há outro aspecto que atrai o interesse pela prática do muay thai. No caso de Fernanda(e de diversas outras pessoas), o que realmente a fez optar por esta arte marcial foi o lado da terapia do esporte: “Eu gosto mesmo é de poder socar e chutar depois de um dia estressante. Foi isso que me levou a fazer muay thai”.

A bióloga Luciana Cogliatti começou por acaso no muay thai. “Há um ano, estava saindo de uma aula de ginástica com um gostinho de quero mais, com energia sobrando”, disse. “Vi na sala ao lado uma aula de muay thai com apenas duas alunas. Era uma aula nova na academia, por isso a sala estava vazia. Perguntei se podia fazer a aula… e aí me apaixonei!”

O forte trabalho físico proporcionado pelo muay thai conquistou Luciana. “É uma aula completa: aquecimento aeróbico puxado com corrida, pulando corda, alongamento, uma parte extensa de abdominal e, para terminar, um treino que trabalha bastante braços e pernas, com socos e chutes. Já fiz uma aula de jiu-jítsu e não curti tanto, não gostei desse negócio de agarrar e rolar no chão com uma pessoa desconhecida e suada. No muay thai a gente solta o corpo e desestressa. Saio muito tranquila da aula, com uma sensação de cansaço gostosa”.

Como ela já havia praticado capoeira, a adaptação ao muay thai foi facilitada. “Já tinha alguma noção de golpes de perna. Mas, para quem não consegue ficar plantando bananeira por muito tempo, o muay thai é melhor por dar mais ênfase aos braços”. O lado da segurança ainda é reforçado por Luciana: “Ficamos safas na defesa pessoal”.

Outra motivação que ela viu na prática do muay thai foi a rápida evolução no sistema de graduação. “Já fiz o exame de mudança de graduação e avancei dois níveis, passei do kruang branco para o vermelho! Não sei se isso quer dizer muita coisa, mas fiquei muito feliz”.

A vontade de perder peso levou a jornalista Fernanda Prates às aulas de muay thai. A prática, no entanto, a fez “pegar gosto” pela luta, e, ao começar a curtir muito assistir a lutas de MMA, ela partiu para outras modalidades. Mas nenhuma delas teve o mesmo impacto. “Embora tenha feito pouquíssimas aulas de boxe, fiz mais de um ano de jiu-jítsu três vezes por semana, chegando a pegar a faixa azul. Mas, embora tivesse vontade de evoluir no jiu-jítsu e continuasse treinando, nunca achei que aquilo fosse ‘para mim’”.

Segundo Fernanda, a arte marcial tailandesa se encaixou melhor com sua personalidade e os treinos a tranquilizam. “Enquanto o muay thai me relaxava, o jiu-jítsu me deixava tensa. Jiu-jítsu é um esporte inteligente, cerebral e belíssimo, mas exige um tipo de personalidade muito específico, certa paciência e uma disciplina que eu nunca tive. Já o muay thai, além de um exercício incrível, sempre me ajudou a relaxar”.

Por este motivo, quando a rotina apertou, ela não teve dúvida ao escolher a prática que daria sequência. “Após um dia longo de trabalho, é o muay thai que me ajuda a limpar a minha mente. Em vez de quebrar a cabeça para montar posições – o que vem naturalmente para muita gente, mas não para mim -, eu posso simplesmente me soltar, ignorar minhas preocupações e suar”.

No fim das contas, foi uma questão de compatibilidade. “Embora eu admire muito o jiu-jitsu, não acredito que seja compatível com a minha personalidade; já o muay thai, nos mais de três anos que venho praticando, só me deixa cada vez mais motivada”, completa Fernanda.

O intenso trabalho físico do muay thai também é o foco principal da relações públicas Lilian Caparroz: “Eu considero uma ótima atividade física, me dá resistência e me ajuda a manter o peso. Gosto muito pela agilidade dos golpes, as possibilidades de combinar socos, chutes, joelhadas e cotoveladas, a intensa movimentação e porque trabalha o corpo todo!”

A endorfina despejada na corrente sanguínea após as aulas também motiva Lilian. Segundo ela, “a sensação depois das aulas é das melhores, de dever cumprido. O corpo responde bem, você consegue sentir melhoras no dia a dia também nos reflexos, no equilíbrio, coordenação motora. É recompensador se olhar no espelho e ver que os golpes saem direitinho”.

Outro ponto muito importante, e que é muito comum nas academias de muay thai, é a função do mestre. Ele exige bastante concentração e participação dos alunos – não é porque não somos profissionais que não precisamos ser disciplinadas durante as aulas. Nosso mestre nos leva ao limite a cada aula e conquista nosso respeito e admiração naturalmente”.

Para minha "filha" Lari.

Fonte: uol/esportes

Diferenças entre os tênis de corrida de homens e mulheres

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Homens e mulheres são diferentes em vários aspectos, entre os quais, relativos ao desempenho físico e esportivo, o tamanho da massa e força musculares, da estrutura óssea (na atual abordagem, diferem também em relação aos pés).


As informações apresentadas acima são fundamentais na confecção do tênis de corrida ideal para cada gênero. Percebe-se, ao olhar um tênis de corrida, que a diferença no tamanho e desenho entre eles é visível.

Em 2001, a estrutura dos pés foi objeto de estudo de pesquisadores do Centro de Estudos da Locomoção, da Universidade do Estado da Pensilvânia, Estados Unidos. Demonstraram, através de análise da corrida, diferenças significativas entre os pés de ambos os gêneros, entre eles no arco do pé, no primeiro contato dos dedos, lateral e planta do pé, além do tornozelo e formato geral do pé.

O Departamento de Medicina Esportiva da Universidade de Tuebingen, Alemanha, em 2010, observou que as mulheres possuem calcanhar, antepé e peito do pé mais estreitos comparado aos homens, deixando claro que cada tênis precisa ser projetado de acordo com as necessidades de cada sexo, e não considerando este como miniatura do tênis masculino, que é mais comprido e largo.

Outro estudo alemão, apresentado em 2001 no 5º Simpósio de Biomecânica de Calçados, em Zurique, Suíça, por pesquisadores da Universidade de Essen, destacou a característica homem de possuir maior massa muscular e corporal à geração de maior impacto com o apoio do calcanhar ao correr. Já nas mulheres, o apoio com a planta do pé demonstrou menor impacto gerado. O estudo apontou ainda a maior tendência das mulheres de projeção dos tornozelos para a lateral interna dos pés, o que pode produzir efeitos nocivos aos joelhos, se não escolhido o tênis correto para correr.

Joe Puleo e Dr. Patrick Milroy, em 2010, apontaram que os tênis de corrida deveriam ser projetados para absorver o impacto de 3 a 4 vezes o peso corporal, por passada, considerando fundamental a adoção de tecnologia específica por parte das fabricantes, respeitando as diferenças entre os pés de homens e mulheres.

As pesquisas são importantes no desenvolvimento de modelos personalizados ao sexo dos praticantes de corrida, mas um estudo desenvolvido em 2010, pelo Departamento de Cinesiologia da Universidade do Texas, em El Paso, Estados Unidos, mostrou que a preferência por um tênis ou outro também está ligado ao conforto subjetivo do corredor, na hora da sua compra. 41 participantes caminharam e correram por 20 vezes com três tipos de tênis (com característica de amortecimento, leveza e estabilidade). Dentre os três, cada um escolheu, de acordo com a sua percepção subjetiva de conforto, qual era o melhor para caminhar e correr, isto é, até dois modelos.

Comentando ainda sobre os resultados do estudo acima, a maioria dos participantes elegeu o tênis de amortecimento o preferido para caminhar e correr, seguido do de leveza, e em terceiro o de estabilidade, sendo que 71% do total selecionou o mesmo modelo para ambas as modalidades.

Entre os sexos houve diferença nessa preferência. Mulheres escolheram o de leveza mais adequado, enquanto os homens o de amortecimento. Provavelmente, entende-se o porquê dessas escolhas pelo fato dos homens possuírem maior peso corporal, comparados às mulheres. O estudo concluiu que as escolhas são influenciadas individualmente e pelo sexo.

Fonte: uol/esportes

domingo, 6 de janeiro de 2013

Retomando os treinos.

Quase sempre férias são sinônimo de comida farta, longos períodos de sono ininterrupto, e uma ou outra ressaca, ainda mais quando são as tão esperadas férias de dezembro e janeiro.

Sair da rotina é saudável e parar o treinamento por um curto período de tempo não acarreta grandes problemas, mas saiba que se você está fazendo alguma atividade com uma programação de ganhos, ela será retardada por esse período. Claro que há meios de minimizarmos os efeitos da falta de treinamento em esportistas mais afoitos, mas agora só queremos que você tenha um bom retorno ao seu exercício diário com a melhor perspectiva possível: retomar de onde você parou.
Quanto tempo você ficou parado? Um mês, talvez dois? Não importa, poderemos retomar nossa planilha de treinamento sem maiores problemas desde que respeitemos algumas condições básicas, afinal, nosso corpo acaba relaxando um pouco devido ao período de descanso prolongado, portanto não devemos exigir que repentinamente ele mantenha o volume, a intensidade e a performance do período do treinamento pregresso.

Férias são necessárias, mas e quanto ao retorno para um novo período de treinamento? Como fazê-lo?


Depois do descanso, mais que merecido, ocorre um destreinamento e uma diminuição do nível de aptidão do aluno. Por este motivo o retorno à rotina de treinos é tão difícil.

Mas mesmo com esta dificuldade inicial, com o decorrer do período de readaptação o aluno vai se acostumando novamente e progressivamente à rotina e à sobrecarga dos treinos. Algumas dicas podem ser seguidas para tornar mais fácil a readaptação:

1) Pense que os desconfortos físicos irão diminuir com a evolução do treino, e que do seu retorno até mais ou menos a terceira semana consecutiva de treino seu relógio biológico estará mais confortável com relação à rotina.

2) Realize seus esforços com pouca intensidade já que ficou um bom período sem estimular seu aparelho cardiovascular.

3) O mesmo vale para sua estrutura (ossos, músculos, tendões e ligamentos): atividade com intensidade leve e quanto à corrida opte por superfícies mais macias (terra, grama) afim de diminuir o impacto.

4) Procure alongar bem a musculatura principalmente após os treinos.

5) Siga corretamente as instruções do seu treinador sem realizar esforços maiores do que você está preparado para realizar naquele momento, e nem treinar um volume maior que o determinado, por mais que você ache que seu treinador está lhe subestimando.

Então, vamos iniciar  nosso ano novo e buscar atingir nossas metas!!!



terça-feira, 27 de novembro de 2012

Mexa-se 2012 "O evento"

A sexta edição do Mexa-se 2012 Encontro de Corrida e Caminhada, que integra o programa de qualidade de vida da Coop – Cooperativa de Consumo, recebeu ontem (25 de novembro) no Paço Municipal de Santo André, mais de 20 mil pessoas e os campeões nas categorias masculina e feminina foram um brasileiro e uma africana, respectivamente.


Entre 7,7 mil inscritos, Devid Benedito de Macedo assegurou o primeiro lugar na categoria masculina 10 km com o tempo de 29:56.34; em segundo lugar ficou José Rodrigues da Fonseca (30:11.16); seguido por Wellington Bezerra da Silva (30:16.56); Carlos Moreira dos Santos (30:20.83) e em quinto lugar, o africano Abubaka Hussen Hamisi, da Tanzânia, fez o tempo de 30:25.23.

Na categoria feminina, a africana Jackline Juma Sakilu, da Tanzânia, assegurou o primeiro lugar com o tempo de 35:29.15, seguida pela bicampeã do Mexa-se, a queniana Ednah Mukhwana (35:31.34). Em terceiro lugar ficou Andrea Celeste Coelho da Silva (37:10.28) seguida por Maria Bernardete Cabral (37:31.95) e Rozirene Ferreira de Moraes (38:20.95). A premiação total para os primeiros cinco colocados na categoria masculina e feminina foi de R$ 21 mil em vales-compras da Coop.

O Encontro de Corrida e Caminhada faz parte do Mexa-se, um programa que visa incentivar a prática de esportes e promover a qualidade de vida. Lançado em 2007, é um programa comunitário que tem a finalidade de ampliar a socialização dos cooperados, destacando os cuidados com a saúde. As atividades do Mexa-se, circuito de atividade física e saúde, acontecem em diversas unidades da Coop e, anualmente o Encontro de Corrida e Caminhada reúne milhares de pessoas, entre elas atletas profissionais, cooperados e comunidade para uma prova que congrega atividade física, cooperação, solidariedade e qualidade de vida.

Fonte: Portal Comunique-se!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Percepção de esforço e autoconhecimento

Acredito que a maioria dos corredores já teve a experiência de treinar em diferentes condições climáticas e também de correr em percursos com variações de terreno, com subidas e descidas. Nesses casos, independente da situação, a percepção de esforço torna-se uma ferramenta de extrema importância, até mesmo para desenvolver o autoconhecimento.

A percepção de esforço envolve o lado subjetivo do treinamento. Representa a busca pelo autoconhecimento, pois sensações, emoções e pensamentos sempre cruzam a mente durante a prática de atividades físicas. Corredores precisam saber absorver e interpretar variáveis externas, como condições climáticas, alterações de relevo e situações de competição que estimulam a motivação, para assim, acertar o ritmo que deve manter. Uma sugestão é se exercitar algumas vezesem locais e horários diferentes e, se possível treinar, também em grupo. Dessa maneira, o corpo se adaptará a novas condições, o que aumenta o repertório de sensações e emoções ligadas à corrida.

Com base nessa percepção individual dos praticantes, seja no treino longo, intervalado, contínuo forte, ou inclusive numa corrida regenerativa, caberá ao corredor saber como ajustar sua zona de treinamentos para um novo ritmo de acordo com as variações externas.

Corredores inexperientesnão tem muita noção do que é uma corrida fácil, moderada ou difícil. Em vista disso, o melhor é se exercitar em locais de percursos plano, onde é possível correr em circuito (voltas). Desse modo, fica mais fácil se acostumar e aprender mais sobre a relação distância x tempo e fazer um paralelo com a percepção de esforço. 

Em cada situação específica, o atleta aprenderá mais sobre o que significa correr uma determianda distância em um determinado tempo e cada esforço representa uma zona de treino. Com essas ferramentas, fica mais fácil o monitoramento do progresso do corredor. Ao desenvolver o autoconhecimento, o esportista cria mais chances de ter uma boa performance não apenas no esporte, mas em todas as atividades de sua vida.

Fonte: W run
Robinson Luiz

domingo, 4 de novembro de 2012

Sedentarismo já ameaça reduzir expectativa de vida




Um estudo que analisa dados de Brasil, Estados Unidos, Grã-Bretanha, China e Índia alerta que o crescente sedentarismo nestes países ameaça formar a primeira geração de jovens que viverá menos que seus pais. O trabalho, que tem o American College of Sports Medicine como coautor, conclui que em 2030 a inatividade física pode abreviar em até cinco anos a expectativa de vida, caso seja mantido o ritmo atual.

As projeções, que tiveram a participação de 70 especialistas ligados às áreas de saúde e educação física, indicam que em 18 anos o Brasil terá diminuído em cerca de 34% os níveis de atividade física desde o começo da década passada. Somente entre 2002 e 2007, a queda foi de 6%.
Segundo Lisa MacCallum Carter, executiva global da Nike, que também é coautora da pesquisa, o País começa a sofrer os males que já são sentidos há algumas décadas pelos países mais desenvolvidos - de 1965 a 2009, a queda da atividade física nos Estados Unidos foi de 32%.

"As máquinas e carros têm feito as atividades físicas por nós, e isso é uma coisa boa, pois apreciamos o padrão de vida moderno. Mas é preciso observar a quantidade de movimento que é perdida por isso e buscar formas de compensar", afirma a executiva. "Se uma criança está ameaçada de viver uma vida mais curta que seus pais, este é o oposto do progresso humano."

Segundo Lisa, as estatísticas levam em conta outros fatores, como nutrição, mas o sedentarismo tem papel central, especialmente em países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Ela lembra que as dez doenças que mais matam nos 50 países mais ricos do mundo estão relacionadas à falta de atividade física.


Fonte: AE

sábado, 13 de outubro de 2012

MÉTODOS E SISTEMAS DE TREINAMENTO DE FORÇA



O treinamento de força atualmente exerce um papel importante no condicionamento físico geral, na performance esportiva, na reabilitação de lesões e no aumento da massa muscular. Para se chegar aos objetivos desejados, existem diversos métodos e sistemas de treinamento, o que gera muita polêmica sobre a superioridade de um sobre o outro.


Porém, esta questão deve ser vista com muito cuidado, pois existem poucos estudos sobre os vários métodos, e dificilmente alguém poderá afirmar que um é melhor que o outro. O que ocorre muitas vezes é que uma pessoa pode responder melhor ou pior a um determinado sistema, o que não significa que ele seja “o melhor ou o pior”, mas que este indivíduo respondeu de forma mais positiva ou negativa; afinal, quando falamos do aumento de massa muscular ou força, muitas variáveis devem ser levadas em consideração, e não somente o treinamento.

O método de treinamento é uma categoria fundamental do processo de treinamento, pois é através dele que utilizaremos os exercícios específicos para obter resultados previamente planejados, ou seja, é a forma que se utiliza um determinado meio para atingir uma determinada direção. Sendo que, a seleção do método está ligada a direção do efeito potencial conseguido e este deverá estar de acordo com o efeito previamente planejado.

Este artigo apresenta alguns métodos usados no treinamento de força voltado para hipertrofia, e possíveis explicações para seus mecanismos de atuação e manipulações para maximizar seus resultados.

Antes de aplicá-los, é importante conhecê-los e ter consciência de usá-los racionalmente, na pessoa correta e no momento adequado. Pois o método só será eficaz se considerado três questões: a quem se destina, quando aplicá-lo e o que se quer obter desse método, isto é, qual a tarefa que será resolvida por ele (aumentar a força máxima, resistência muscular, hipertrofia muscular e outros).

Método Isotônico

Para o desenvolvimento da força através do método isotônico utiliza-se de 90 a 100 por cento da força máxima do grupo muscular a ser desenvolvido, utilizando-se de 4 a 6 grupos, tendo cada um deles de 1 a 4 repetições, dependendo do percentual de peso utilizado para o desenvolvimento de força pura. No treinamento de força pura, é necessário que a musculatura esteja bem recuperada para que o trabalho se realize em níveis ótimos.

No trabalho de hipertrofia muscular devem ser utilizados 3 a 6 séries com 5 a 15 repetições. O descanso entre a realização das séries será de 30 segundos a 5 minutos, variando em função do esforço desenvolvido. Os efeitos produzidos por este treinamento se apresentam com o aumento da seção transversa do músculo com também o aumento da força muscular dinâmica, sendo esse um dos melhores métodos para esse desenvolvimento.

A principal desvantagem do método isotônico é que se for empregada tensão isotônica em todo o percurso do movimento, somente em um ponto se atingirá a tensão máxima.

O método isotônico pode ser subdividido em:

1 – Método das Múltiplas Séries - força, hipertrofia, resistência muscular e potência)

Neste método utilizam-se mais de uma série por grupo muscular (sendo 2 ou 3 séries de aquecimento com cargas sucessivamente maiores, seguidas por várias séries com a mesma carga), e esse número depende do objetivo e do estado de treinamento do praticante. Não há regra exata sobre o número de séries, repetições ou exercícios.

Essas variáveis serão ministradas conforme o tipo de treinamento, seja para aumento da massa muscular, resistência muscular, potência ou força máxima.

Se o objetivo do treinamento for hipetrofia muscular, deve-se utilizar em média de 2 a 4 séries de 8 a 12 repetições, com cargas próximas às repetições máximas (de 70 a 90%) – dependendo no nível de adaptação do aluno – e utilizar um intervalo entre as séries de 1 minuto e 30 segundos a no máximo 2 minutos.

No entanto, se o objetivo for desenvolver a força máxima, o número de séries deve ser superior ao citado acima (de 4 a 6 séries), variando entre 2 a 6 repetições e com um percentual de carga superior a 85% de 1RM (repetição máxima), utilizando um intervalo de no mínimo 3 minutos. Entretanto este treinamento deve ser realizado por indivíduos que já tenham um nível de adaptação no treinamento de força, ou seja, não deve ser utilizado por iniciantes.

2 – Método da Pirâmide - (força e hipertrofia)

A pirâmide pode ser de dois tipos: crescente e decrescente.

- Pirâmide Crescente

Atualmente, a pirâmide crescente é usada com repetições máximas ou submáximas – sem a preocupação aparente de não gerar fadiga – com uma progressiva diminuição das repetições e aumento das cargas. Desta forma, a pirâmide crescente consiste em aumentar a carga e diminuir o número de repetições ao longo da série.

É comum ver a indicação deste método para ganhos de força ou como meio de se treinar com cargas altas. Tal prática sugere que, com a pirâmide, haja preparação para o uso de cargas elevadas, por meio do aquecimento da musculatura, tornando-a mais apta e preparada para as séries finais.

Estudos recentes mostram que o uso de pirâmide crescente não produz vantagens adicionais para o ganho de força, sendo superada por diversos outros métodos. Com relação à hipertrofia, também se deve ter cuidado na aplicação da pirâmide, mantendo as repetições dentro de níveis controlados (como de 12 a 8). Caso contrário, corre-se o risco de gerar estímulos muito divergentes e em quantidade insuficiente para potencializar as adaptações necessárias para a hipertrofia (Gentil, 2005).

A aplicação mais recomendada da pirâmide seria como artifício didático, como nos casos de alunos que estejam treinando com repetições altas há muito tempo e sintam dificuldade em utilizar repetições baixas e cargas altas. Nesses casos, as séries em pirâmides poderiam servir como preparação psicomotora.

- Pirâmide Truncada Crescente

Esse método é a cópia do método pirâmide crescente, sendo que o indivíduo não necessita chegar aos 100% da força máxima do grupamento muscular, podendo atingir até aos 90% dessa força máxima (Rodrigues e Carnaval, 1985).

- Pirâmide Decrescente

Na pirâmide decrescente utilizada atualmente, realiza-se um pequeno número de repetições como cargas elevadas, com progressiva redução da carga e aumento do número de repetições. Lembrando que nesta versão atual, as repetições são realizadas até a fadiga ou próximas a ela, na maior parte dos casos.

Apesar de ser a versão menos conhecida, esta é a que encontra maior amparo da fisiologia. A utilização de cargas mais elevadas no começo da série aproveitaria o estado neural para fornecer estímulos tensionais. As séries seguintes, que porventura tenham características metabólicas, seriam iniciadas com estresse bioquímico mais acentuado, o que poderia ser benéfico para hipertrofia.

Este método de treinamento seria útil para adaptar na transição de treinos tensionais para metabólicos em pessoas acostumadas a treinar com repetições baixas por muito tempo.

- Pirâmide Truncada Decrescente

Esse método é a cópia do método pirâmide decrescente, sendo que o indivíduo não começa dos 100% de carga. Ele vai diminuindo a carga a partir de 90% da força máxima, respeitando-se o número de repetições de acordo com o percentual de peso utilizado (Rodrigues e Carnaval, 1985).

3 – Método Bi-Set - (hipertrofia)

Consiste na realização de dois exercícios consecutivos, sem descanso, para o mesmo grupo muscular. O objetivo deste método é gerar um aumento da congestão sangüínea (aumento do fluxo sangüineo) na musculatura, fenômeno relacionado ao aumento da massa muscular.

Podemos justificar o uso deste método por meio dos conceitos vistos no drop-set e na pré-exaustão, acrescentando a variação intencional no padrão motor. Ao final do primeiro exercício, um determinado número de unidades motoras não poderia mais ser recrutado, impedindo a execução do movimento, porém a mudança para um exercício com padrões motores diferentes (e cargas adequadas à nova condição) permitiria o prosseguimento do estímulo, aumentando o temo sob tensão e prolongando o estresse metabólico

O maior tempo sob tensão seria interessante para aproveitar estímulos tensionais; já a contração prolongada poderá causar, além do acúmulo de metabólitos, aumento posterior na circulação, com maior disponibilidade de nutrientes.

Neste método, utiliza-se de 3 a 4 séries, com 10 a 20 repetições, dando um intervalo mínimo entre os grupos, ou seja um exercício e o outro, e de 1 a 2 minutos entre as séries consecutivas.

4 – Método Tri-Set - (hipertrofia)

Consiste na realização de 3 exercícios consecutivos, sem intervalos entre eles, para o mesmo grupo muscular. Sua base é similar à do bi-set, com um estímulo ainda mais prolongado.

Os exercícios podem ser agrupados para estimular um único grupo com o objetivo de atingir porções distintas da mesma musculatura, procurando sempre isolar as porções do grupo muscular trabalhado, pode também ser usado para grupos musculares antagonistas ou diferentes. É um método muito usado para grupos musculares que possuem 2 ou 3 porções.

O objetivo do método é gerar congestão sangüínea (aumento do fluxo sangüineo na região) e desenvolvimento das varias porções do grupo muscular. A ausência de intervalo entre as séries pode favorecer uma pequena melhora na aptidão cardiorespiratória.

Neste método, utiliza-se de 3 a 4 séries, com 10 a 20 repetições, dando um intervalo mínimo entre os grupos, ou seja um exercício e o outro, e de 1 a 2 minutos entre as séries consecutivas, após três exercícios sem pausa.

Deve-se levar em consideração uma limitação para este método, onde só há viabilidade a sua utilização nos horários de pouca movimentação na sala de musculação.

5 – Método Super-Set - (hipertrofia)

Consiste na realização consecutiva de vários exercícios para o mesmo grupo muscular.

- Para o mesmo grupo muscular – (hipertrofia)

Consiste na realização de mais de 4 exercícios sem intervalo, ou seja, executar os exercícios de forma seguida, um atrás do outro, até completar o total superior a quatro exercícios sem pausa. Após a execução do último exercício, há uma pausa, para então realizar a segunda passagem e depois a terceira.

Neste método, utiliza-se em média 3 séries, com 10 repetições, dando um intervalo de até 2 minutos após os quatro exercícios diretos.

- Agonísta / Antagonista - (força e hipertrofia)

Este método lembra o bi-set, porém os exercícios executados são direcionados a grupamentos musculares antagônicos (exemplo: realiza-se extensão de joelhos seguida de flexão de joelhos). Ou seja, consiste na realização de dois exercícios sem intervalo, ou seja, executar os exercícios de forma seguida, porém respeitando a seqüência: primeiro o agonista, depois o respectivo antagonista. Após a execução do segundo exercício, segue-se a segunda passagem.

A contração voluntária de um músculo faz com que o seu antagonista também seja ativado, supostamente com a finalidade de criar estabilidade articular, em um processo denominado co-contração. Portanto, por mais que se exercite um músculo, é mantido um certo grau de atividade na musculatura oposta. Esta atividade contínua durante o super-set pode ser útil na manutenção do estresse metabólico, aumentando a concentração de metabólicos.

Agora se o intuito for produzir estímulos tensionais em seus níveis máximos, é importante observar o estado de fadiga e utilizar intervalos de descanso entre os exercícios, em vez de executá-los um após o outro, imediatamente

Quando formos calcular os intervalos no super-set, devemos ter em mente o tempo que se levará para retornar ao mesmo exercício, incluindo o tempo de deslocamento entre aparelhos e preparação em cada um. Por exemplo, se houver um intervalo de 40 a 60 segundos entre os exercícios, normalmente gastam-se, aproximadamente, 2 a 3 minutos para se retornar ao primeiro movimento. Se quisermos que o tempo de intervalo entre as séries de um mesmo exercício fique entre 45 a 75 segundos, devemos dar intervalos entre 0 a 15 segundos entre os exercícios.

Entre as principais vantagens deste método estão seu dinamismo e a redução do tempo total de treino. Por possuir descansos reduzidos, os treinos em super-set promovem grandes elevações no metabolismo, elevando o gasto calórico e causando uma sensação de cansaço generalizado, diferente da maioria dos treinos.

6 – Método do Treinamento em Circuito - (condicionamento físico e resistência muscular)

É, sem dúvida, o método de treinamento de força mais usado com iniciantes. Este método consiste em realizar diversos exercícios com um intervalo controlado mínimo (aproximadamente 15 segundos), ou sem intervalo, entre eles. Este método é um dos únicos em que a carga deve ser moderada. Isso significa trabalhar próximo de 40 a 60% de 1 RM (repetição máxima).

O número de exercícios é definido conforme o objetivo e o grau de treinabilidade do praticante, e pode-se utilizar mias de uma passagem pelo circuito (nesse caso, em vez de utilizarmos a denominação duas séries, utilizamos duas passagens).

Caso o praticante seja iniciante, é adequado que a seqüência dos exercícios esteja baseada na montagem alternada por segmento, o que significa alternar, por exemplo, exercícios para membros superiores e exercícios para membros inferiores.

Neste método, utiliza-se em média 1 a 3 passagens, de 12 a 20 repetições, dando um intervalo de no máximo 15 segundos entre exercícios.

7 – Método da Pré-Exaustão - (força e hipertrofia)

Consiste em realizar um exercício de isolamento (uniarticular) seguido de um exercício composto, ambos envolvendo um grupo muscular em comum. Apesar de não possuir um embasamento científico definido, este método é comumente usado com a finalidade de enfatizar a musculatura trabalhada de forma isolada no primeiro exercício.

Segundo Fleck e Kraemer (1999), citados por Gentil (2005), na execução de exercícios para grupamentos musculares menores, antecedendo movimentos biarticulares, causariam sua menor ativação, devido à fadiga, impondo maior tensão aos demais músculos, ou seja a utilização prévia de um exercício de isolamento antes de um exercício composto fará com que haja menor ativação da musculatura trabalhada no primeiro momento, aumentando a atividade relativa dos músculos acessórios.

O objetivo deste método é levar a musculatura a exaustão (fadiga), através da utilização de alavancas que favoreçam uma maior solicitação da musculatura principal. Alguns estudos sugeriram que unidades motoras adicionais seriam recrutadas para compensar a perda de funcionalidade de outras. Além das unidades motoras de um mesmo músculo, devemos levar em consideração a atividade de outros grupamentos musculares. Em movimentos complexos, a menor ativação de unidades motoras em um músculo é contornada por alterações do padrão motor, com maior ativação dos demais músculos envolvidos no movimento, inclusive recrutando, primariamente, músculos que outrora eram meros coadjuvantes.

Tecnicamente, o uso da pré-exaustão, na verdade, estaria mais próximo ao uso do bi-set, produzindo as mesmas alterações fisiológicas.

Neste método, utiliza-se de 2 a 4 séries, com 6 a 20 repetições, dando um intervalo de 1 a 2 minutos entre as séries.

Deve-se levar em consideração uma limitação para este método, onde só há viabilidade a sua utilização nos horários de pouca movimentação na sala de musculação, e preferencialmente em aparelhos próximos uns dos outros.

8 – Método da Exaustão - (força, hipertrofia e resistência muscular)

Este método consiste em realizar as repetições até a exaustão. As repetições serão finalizadas quando a fase concêntrica do movimento não for completada (falha concêntrica momentânea), portanto, quando o padrão do movimento estiver comprometido.

Neste método, utiliza-se em média 3 a 4 séries, com a máximo de repetições, dando um intervalo de 30 segundos para resistência muscular, até 1 minuto e 30 segundos para hipertrofia, e maior que 3 minutos para força máxima.

9 – Método de Repetições Forçadas (Excêntrica) - (força e hipertrofia)

Durante as repetições forçadas, executa-se normalmente o movimento até a impossibilidade de mover a carga. Quando for detectada a falha na fase concêntrica, o ajudante (ou o próprio executante, quando possível) deve utilizar a quantidade de força necessária para que o movimento concêntrico prossiga em sua cadência natural. O movimento “forçado” deverá prosseguir até que es atinja a o objetivo desejado (tempo sob tensão, número de repetições, etc.) ou que haja necessidade de excessiva aplicação de força auxiliar.

A ajuda só deve ocorrer nos momentos e ângulos em que a falha for detectada e somente com a força necessária para fazer o movimento prosseguir. Do contrário, o método não intensificará o exercício e sim o tornará mais fácil.

Durante o movimento excêntrico, há facilidade de suportar cargas elevadas, mesmo com um menor número de unidades motoras sendo ativadas. Ao utilizar auxílio na fase concêntrica, pode-se progredir no exercício ainda que não haja mais possibilidade de se “levantar” a carga, o que trará uma maior tensão e maiores estímulos ao músculo.

O uso de repetições excêntricas oferece maior tensão, no entanto produz alterações em outros fatores fisiológicos, como o acúmulo de metabólitos e níveis de lactato. Desta forma, é interessante usar cargas altas e intervalos mais longos durante o método de repetições forçadas, para melhor aproveitar o componente tensional, tendo em vista sua baixa alteração em parâmetros metabólicos.

Segundo Gentil (2005), citando Folland et al., 2001, o método de repetições forçadas não é recomendado para alunos iniciantes e intermediários, tendo em vista que um treino intenso com repetições excêntricas realizadas pode levar a prejuízos nos ganhos de força por até 5 semanas.

Na aplicação do método das repetições forçadas, devem-se observar alguns pontos:

- Devido a sua alta intensidade, potencial de overtraining e lesões em ligamentos e tendões, não é recomendado seu uso por períodos muito longos de tempo (tempo recomendado: entre 4 e 6 semanas);

- É importante adequar o volume de treino, evitando usar o método em um grande número de séries. Realizar repetições roubadas em 1 a 3 séries por treino parece ser eficiente e seguro, lembrando que a máxima “quanto mais, melhor” não se aplica aqui;

- Os intervalos de descanso devem ser ajustados para manter a qualidade do treino, mantendo uma média de 2 a 4 minutos entre as séries;

- só deve ser usado em alunos avançados.

O objetivo deste método é o aumento da carga na fase excêntrica, que permite a desintegração das pontes cruzadas de actomiosina (componentes internos que formam as fibras musculares, e geram a ação da contração muscular), o que promove uma grande fricção interna.

Através de repetições negativas há também uma maior retenção sangüínea fora do músculo e quando a musculatura relaxa há um aumento da perfusão sangüínea (entrada lenta e contínua de líquidos nos vasos sangüíneos), o que favorece a hipertrofia.

10 – Método Blitz - (hipertrofia)

No método Blitz, diferencialmente dos outros, o que se promove é o trabalho sobre apenas um grupo muscular por dia ou sessão de treinamento.

É muito empregado por fisiculturistas, mas, como na maioria dos métodos, não há comprovação científica sobre sua eficácia, pois o intervalo entre cada sessão de treino para o mesmo grupo muscular acaba sendo muito maior que 72 horas, chegando, na verdade, a uma semana, em alguns casos.

Neste método, o praticante executará apenas um grupo muscular por sessão de treinamento, com alto volume e intensidade para o mesmo grupamento muscular. Podendo variar no número de exercícios de forma ilimitada, realizando entre 3 e 4 séries de 8 a 12 repetições, com cargas próximas a 1RM (repetições máximas).

11 – Método Drop-Set - (força e hipertrofia)

O drop-set, ou série descendente pode ser caracterizado em três passos:

1 – realização do movimento com técnica perfeita até a falha concêntrica;

2 – redução da carga (em aproximadamente 20%), após a falha; e

3 – prosseguimento do exercício com técnica perfeita até nova falha.

Deve-se repetir o segundo e terceiro passos até se alcançar o objetivo estabelecido para o treino.

Em exercícios de intensidades altas, ocorre progressiva queda na ativação de unidades motoras até chegar-se a um ponto em que a ativação das fibras disponíveis não seria suficiente para prosseguir o movimento, levando à interrupção do exercício. As quedas na carga, durante o drop-set, têm a finalidade justamente de contornar a fadiga, adequando o esforço às possibilidades momentâneas do músculo e, com isso, mantendo um trabalho relativo intenso por mais tempo (Gentil, 2005).

Durante o drop-set, é possível manter um grande número de unidades motoras trabalhando em esforços máximos pro períodos longos, tornando-o indicado tanto para ganhos de força quanto de hipertrofia.

Neste método, utiliza-se em média 3 a 4 séries, com um mínimo de 6 repetições nas primeiras execuções e indo até a exaustão nas passagens subsequentes, dando um intervalo de 2 a 3 minutos entre as séries.

12 – Método de Repetições Roubada - (força e hipertrofia)

Neste método, o exercício é executado com a técnica correta até a falha concênctrica e, em seguida, altera-se o padrão de movimento com a finalidade de prosseguir por mais algumas repetições. As repetições roubadas só devem ser aplicadas em casos específicos, levando-se em conta a característica do indivíduo e do exercício, do contrário, os resultados serão irrelevantes diante do risco aumentado de lesões.

O método das repetições roubadas não consiste simplesmente em realizar um movimento de maneira errada. As alterações no padrão motor só devem ocorrer diante da impossibilidade de execução de forma correta, ou seja, o movimento é executado de forma estrita até que não seja mais possível fazê-lo e só então o padrão motor é alterado. É essencial que haja um perfeito conhecimento não só da técnica correta, mas também dos aspectos biomecânicos dos exercícios, pois as alterações no padrão motor deverão ser aplicadas nos momentos e intensidades suficientes para vencer o ponto de quebra.

Estas limitações tornam as repetições roubadas o último método a ser usado, dentro de uma escala temporal.

A explicação para utilização deste método estaria próxima às repetições forçadas, com a vantagem de não depender de parceiros de treino. A alteração no padrão de movimento adapta o exercício à possibilidade de trabalho relativa do músculo, pois as modificações biomecânicas incluem músculos acessórios, outras fibras ou alteram a relação de alavancas, o que pode reduzir o esforço absoluto do músculo fadigado. Desse modo, pode-se prolongar o trabalho, aumentando a magnitude dos estímulos, inclusive para unidades motoras que não estejam fadigadas e que provavelmente seriam menos estimuladas se o exercício fosse interrompido.

Tendo em vista a grande variedade de métodos conhecidos, seria pouco prudente e desnecessário utilizar repetições roubadas em alunos iniciantes e intermediários, ou mesmo em alunos avançados que não estejam habituados com determinado exercício. Nossa recomendação é que somente alunos avançados com vivência na tarefa motora específica o utilizem. Além da questão individual, a escolha do exercício também deve ser criteriosa. É comum ver pessoas se expondo perigosamente ao utilizar repetições roubadas em movimentos em que o método não seria recomendado como, por exemplo, agachamentos, levantamento terra e supinos com barras.

13 – Método da Fadiga Excêntrica - (hipertrofia e força)

Este método consiste em levar as repetições forçadas ou roubadas até os limites extremos. Para se treinar com fadiga excêntrica é recomendável utilizar cargas elevadas – que permitam repetições entre 3 e 6 completas – realizando o exercício até a falha concêntrica e, em seguida, utilizar um dos 2 métodos acima para prosseguir com o movimento até que haja impossibilidade de sustentar a fase excêntrica.

A fadiga excêntrica leva o trino a viveis elevadíssimos de intensidade e não deve ser usada por qualquer pessoa a qualquer momento, do contrário promoverá lesão, e não adaptação. Lembre-se de que nosso corpo é um sistema intimamente interligado e, por isso, a intensidade não se limita aos músculos, mas também envolve o estresse neural, articular, psicológico, e este estado geral deve ser levado em conta ao aplicar métodos intensivos.

Devido à elevada intensidade da fadiga excêntrica, ela só deve ser usada em uma ou duas séries por treino, com intervalos de 7 a 10 dias, ou com mais freqüência, durante fases intensivas, conhecidas como microciclo de choque.

Algumas observações práticas em relação a esse método:

- Não usar este método por períodos muito longos de tempo (tempo sugerido: +/- 4 semanas);

- Reduzir o volume de treino (1 a 2 séries para grandes grupos musculares);

- Utilizar poucos movimentos complementares – ao usarmos a fadiga excêntrica em exercícios multiarticulares, deve-se levar em conta, além do estresse na musculatura principal, o trabalho dos músculos acessórios. No caso do supino, por exemplo, há a necessidade de reduzir também o volume e intensidade de ombro e tríceps. Caso contrário, poderá ocorrer excesso de treinamento e lesões articulares;

- Ajustar o intervalo de descanso: 2 a10 minutos;

- Usar a fadiga excêntrica em 1 a 3 séries por treino;

- Utilizar, prioritariamente, em movimentos complexos.

14 – Método SuperLento ou Super Slow - (resistência muscular e hipetrofia)

Este método consiste em realizar repetições de forma extremamente lenta, levando de 15 a 60 segundos para completar um ciclo de movimento. A proposição original de Ken Hutchins, conhecida com superslow, é a realização de repetições com cadências de 5 segundos para fase excêntrica e 10 segundos para fase concêntrica (Gentil, 2005).

Para aproveitar adequadamente este método é importante não utilizar cargas deliberadamente baixas, pois a dor pode mascarar a intensidade real do exercício, desencorajando o executante a utilizar cargas maiores, apesar de seus músculos as suportarem. Isto garante um trabalho mais completo em nível de unidades motoras, pois o movimento lento, submáximo e como cargas reduzidas, ativaria principalmente as unidades motoras pequenas, com baixo limiar de excitabilidade.

A combinação de cargas baixas e velocidade lenta, faz com que o método superlento promova baixo ganho de força, mas parece ser bom para desenvolvimento de hipertrofia e resistência muscular.

Ao usar o método superlento, deve-se manter a técnica correta durante todo o movimento e enfatizar os pontos de quebra (desvantagem mecânica), senão os estímulos serão subaproveitados. Nesse caso, para se aproveitar melhor o método, é interessante enfatizar os ângulos próximos de 90º (cerca de 80 a 100º).

Uma vantagem pratica deste método é o uso de cargas moderadas que são relativamente baixas (em relação aos outros métodos), podendo ser prescritos em períodos onde não se desejam sobrecarregar demasiadamente as estruturas conectivas. Além disso, é um bom método para trabalhar a consciência motora na execução dos movimentos.

15 – Método Ondulatório - (força, hipertrofia e potência)

Este método baseia-se na forma de uma onda, em que o ventre superior reflete cargas altas e repetições baixas e no ventre inferior cargas moderadas, porém com altas repetições.

A expllicação deste tipo de treino parece estar no conceito de potenciação pós-tetânica, segundo o qual, após uma contração muscular intensa, ocorrem favorecimento da ativação das fibras e maior capacidade de gerar força. Algumas explicações fisiológicas para o fenômeno são as alterações nas concentrações de neurotransmissores, fluxo dos íons de sódio e potássio, e acúmulo de íons de cálcio no sarcoplasma.

O ponto ideal para se reiniciar o exercício é resultado da soma de diversos fatores, principalmente potenciação pós-tetânica e fadiga. Este período varia entre 3 a 10 minutos, meio-tempo em que há possibilidade de utilizar cargas mais elevadas do que se faria normalmente e, dessa forma, de proporcionar um maior estresse mecânico às estruturas musculares – o que favoreceria o processo de hipertrofia, dentro da abordagem dos treinos tensionais – e maiores adaptações neurais (força e potência).

Há outros fatores que influenciam o fenômeno como tipos de fibras (melhores respostas nas fibras tipo II) e tempo de contração (quanto menor o tempo, maior a potenciação). Portanto, para o melhor aproveitamento da potenciação pós-tetânica é necessária a realização de repetições baixas com cargas máximas.

Para reduzir a monotonia dos longos intervalos, podem ser intercalados exercícios para outros grupos musculares enquanto se espera o tempo para a realização de uma nova série, mesclando o método com o super-set. Há outras variações desse método, como alternar séries de 8 a 12 repetições, e suas variações crescentes e decrescente, levando em consideração o ajuste das cargas, sendo que este variação é conhecida como método de contraste.

Deve-se ter cuidado com o abuso do método devido ao trabalho constante com cargas muito altas, tornando recomendável que se racionalize o uso da potenciação pós-tetânica dentro de um planejamento, para não expor as estruturas articulares às lesões. Este método não é recomendado para iniciantes, pois além do risco de lesões, foi verificado que o fenômeno da potenciação pós-tetânica não é bem aproveitado nesse grupo (Gentil, 2005).

 16 – Método da Pausa/Descanso - (força e resistência a fadiga)

Este método é executado da seguinte forma:

- Realizar o movimento até a falha concêntrica;

- Dar uma pausa de 5 a 15 segundos;

- Retornar ao movimento, até nova falha concêntrica;

- Repetir o procedimento até atingir o objetivo estipulado (número de pausas, repetições, tempo, fadiga).

As pausas curtas são usadas com a finalidade de restabelecer parcialmente o estado metabólico e neural, possibilitando que o exercício prossiga e fornecendo, assim, maior quantidade de estímulos. O tempo de intervalo iniciado de 5 segundos deve-se aos resultados de estudos feitos com contrações intensas, que mostraram a ocorrência de reações favoráveis à retomada do exercício nesse tempo, devido ao pico da potenciação pós-tetânica.

Este método é muito útil para auxiliar na adaptação do aluno a determinado estímulo, principalmente metabólico. Muitas vezes, por exemplo, há dificuldades em realizar um número elevado de repetições devido à dificuldade em lidar com a dor, principalmente em indivíduos habituados a treinar com métodos tensionais. Nesses casos, a utilização das pausas pode promover adaptação progressiva, sem que haja necessidade de uma redução muito expressiva da carga absoluta.

O uso de treinos de pausa-descanso pode ser interessante para ganhos de resitência de força, por estimular o organismo a se recuperar entre estímulos intensos.

17 – Método Repetições parciais (oclusão vascular)

O método da oclusão vascular consiste em realizar contrações curtas intensas (estáticas ou dinâmicas) e em seguida prosseguir com o movimento completo.

Normalmente, as unidades motoras são recrutadas seguindo o princípio do tamanho, partindo das menores (fibras lentas), para as maiores (fibras rápidas), porém quando o músculo é contraído sob condições isquêmicas e/ou estado de acidose, este princípio não se aplica e as unidades motoras maiores são recrutadas preferencialmente. Deste modo, supõe-se que, ao realizar as repetições curtas, há diminuição do fluxo sangüíneo, causando diminuição da entrega de oxigênio e, conseqüentemente, ativação das unidades motoras grandes (brancas), logo no início do movimento.

Gentil (2005), citando os estudos de Takarada et al. (2000), relata que os resultados destes estudos trouxeram a sugestão de que contrações realizadas sob condições de elevado acúmulo de metabólitos sejam particularmente eficientes em produzir aumentos na massa muscular. Sugere-se assim, que a realização de repetições parciais poderia mimetizar esta condição, facilitando a obtenção de hipertrofia.

Uma das grandes vantagens deste método é a utilização de cargas baixas, o que mantém elevado estresse muscular, enquanto recupera as estruturas articulares.

18 – Método Set 21 – (resistência muscular)

O set 21 tradicional, muito usado na rosca bíceps, é composto por três fases:

- Executar o movimento parcial, da extensão máxima até metade da amplitude completa (+/- 90º);

- Executar o movimento encurtado, da metade do comprimento angular (+/- 90º) até a contração completa;

- Executar o movimento completo.

Habitualmente, são dadas duas explicações para o uso do set 21: uma que este é um trabalho específico para cada ângulo do movimento; e outra é ativação proprioceptiva de modo que o fuso muscular seria ativado na primeira parte, estimulando a contração a fim de facilitar a fase seguinte.

Porém, nenhuma das duas explicações é satisfatória. Portanto, propormos uma adaptação do set 21 às evidências fisiológicas conhecidas. Nesta nova abordagem, organiza-se a ordem dos movimentos da seguinte forma:

- Contração encurtada, com ênfase nos pontos de quebra;

- Movimento completo;

- Contração nos ângulos próximos ao alongamento.

Desta forma, a acidose induzida com a contração inverteria o padrão de recrutamento (chamado unidades motoras maiores) e forneceria um ambiente metabólico ácido para os trabalhos posteriores. Ao iniciar o movimento completo nestas condições haveria maior estresse, apesar de a carga ser baixa, o que causaria fadiga em um grande número de unidades motoras. Com a progressão da fadiga haveria menor capacidade de gerar força, e seriam usadas as repetições parciais para prolongar o estímulo. Assim, seriam aliados os conceitos de oclusão vascular e das repetições parciais em um único método.

O set 21 pode ser usado em vários movimentos além da rosca bíceps, como: elevação lateral, mesa extensora, mesa flexora, e crucifixo, porém ele é mais recomendável em movimentos uniarticulares com padrões circulares.

19 – Método das Repetições parciais pós-fadiga concêntrica - (força)

Consiste na realização de repetições parciais e isométricas após a falha concêntrica. Aqui, se executa o movimento com a amplitude total e a técnica correta até que não seja mais possível fazê-lo. Em seguida, prossegue-se com a postura e técnicas corretas até os limites angulares possíveis.

Em todos os exercícios, há ângulos onde é mais difícil mover a carga, o que se deve à baixa capacidade de as fibras se contraírem e/ou ao aumento do braço de resistência. Ao prosseguirmos o movimento até os ângulos em que seja possível fazê-lo é mantido um esforço relativamente alto com maiores estímulos para as fibras.

Na realização deste método, recomenda-se que sejam realizadas insistências estáticas (2 a 4 segundos) para definir o ponto de quebra em todas as repetições parciais, realizando em média de 3 a 4 séries, dando um intervalo de 1 a 2 minutos entre as séries.

Método Isométrico

No desenvolvimento do método isométrico, ou estático, utilizaremos tensões máximas ou submáximas com durações de 5 a 10 segundos. Desenvolvendo de 3 a 10 tensões musculares para diferentes ângulos do movimento com intervalos de 1 a 3 minutos entre cada tensão.

Atualmente o método isométrico é utilizado para o desenvolvimento da força em determinado ângulo articular e nas suas imediações; e para sanar deficiências em algum ponto do movimento de determinada articulação.

As principais desvantagens do método isométrico são:

- como no método isotônico, só se desenvolve tensão máxima nos determinados ângulos de trabalho;

- não desenvolve de forma eficiente a força muscular dinâmica.

Método Isocinético

No método de trabalho isocinético utiliza-se em geral séries de 6 a 20 repetições para cada grupo muscular, realizando esforços musculares máximos em cada ângulo de movimento para que possamos obter vantagens, aproveitando o que de melhor há de nesse método de treinamento, que é o de fornecer resistência proporcional à força aplicada em cada ângulo do movimento, fato que não ocorre nos métodos isotônicos e isométricos.

É importante enfatizar que o treinamento de força pelo método isocinético tem por finalidade melhorar a força de maneira geral e a resistência de força. Sua utilização no campo de treinamento desportivo fica limitada aos desportos que possuem movimentos do tipo isocinético, como, por exemplo, a natação.

Método Pliométrico

Consiste na realização de exercícios em que a musculatura é alongada rapidamente, produzindo através do “reflexo miotático” ou “reflexo de estiramento” um trabalho concêntrico maior. No exercício pliométrico (como em muitas outras situações nos desportos), a sobrecarga é aplicada ao músculo esquelético de forma a distender rapidamente o músculo (fase excêntrica ou de estiramento) imediatamente antes da fase concêntrica ou de encurtamento da contração. Essa fase de alongamento rápido no ciclo de estiramento-encurtamento facilita a seguir provavelmente um movimento mais poderoso considerado como capaz de aprimorar os benefícios de velocidade-potência dessa forma de treinamento (McArdle et al.,1998).

O método pliométrico é um método onde a potência muscular é a valência física mais objetivada.

Esse trabalho, específico para membros inferiores, é realizado com exercícios de salto vertical, saltos múltiplos, saltos repetitivos no mesmo lugar, saltos em profundidade ou descida a partir de uma altura de aproximadamente 1 metro, saltos com uma única perna ou com ambas as pernas e várias outras modificações.

O trabalho no método pliométrico deve ser feito através de exercícios que representam com uma maior fidelidade o biomecânica do gesto desportivo que o atleta pratica, com a realização de 4 a 8 grupos de 8 a 10 repetições para cada exercício (Rodrigues e Carnaval, 1985).

Conclusão
Um ponto fundamental é a variação dos métodos e meios. A falta ou pouca variação dos métodos é uma das razões principais para a estagnação do desenvolvimento da massa muscular.

Até os mais efetivos exercícios e métodos se aplicados em longo prazo, não nos levaria ao progresso e sim, acabaria nos levando a barreira de hipertrofia muscular. Pois, a experiência revela que nenhum método único de treino deve ser considerado o melhor ou absolutamente efetivo o tempo todo.

Todos os recursos e métodos deveriam permanecer em um estágio determinado do processo de treinamento, dependendo do nível da condição do organismo, do caráter prévio da carga, dos objetivos do treinamento atual e do efeito acumulativo que este método deve provocar.

Referências Bibliográficas:

Gentil, Paulo. Bases Científicas do Treinamento de Hipertrofia. Rio de Janeiro: Sprint, 2005.
McArdle, William D.; KATCH, Frank I. e KATCH, Victor I. Fisiologia do Exercício – Energia, Nutrição e Desempenho Humano. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 1998.
Rodrigues, Carlos Eduardo Cossenza, e Carnaval, Paulo Eduardo. MUSCULAÇÃO: teoria e prática. 21. ed. - Rio de Janeiro: Sprint, 1985.
Uchida, M.C. et al. Manual de musculação: uma abordagem teórica-prática do treinamento de força. 2.ed. – São Paulo:Phorte 2004.